Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Centro Monárquico do Porto - uma opinião

• Por: Abel Guedes Ferreira.


A entrevista de Dom Duarte ao “El País”, apesar de interessante, não traz nada de novo e, possivelmente, nem seria para trazer. Ao analisarmos o comportamento político de Dom Duarte, parece-nos que ainda continuam muito actuais as instruções que Salazar impôs para que a sua família pudesse voltar a Portugal:

 “Em 1950, o ditador António de Salazar permitiu à Família Real Portuguesa, que definhava no estrangeiro desde a proclamação da República em 1910, regressar ao país, ainda que tenha sido proposto — e conseguido — que nenhum dos seus membros lhe fizesse sombra nem fizesse muito ruído.” (texto traduzido do original, em castelhano).

·         Seguramente, Dom Duarte não faz sombra a nenhum político, da mesma forma que a Monarquia Portuguesa, actualmente, nada faz por Portugal. Continuando a ler a entrevista:
“Em 1976, depois que seu pai morreu, Duarte Nuno, tornou-se, quase certamente para a vida, em herdeiro melancólico sem trono, um rei sem reino, um pretendente perpétuo, esperando por uma oportunidade que nunca chega, num país com um presidente muito visível e que assume as funções que seriam usadas por um hipotético rei. Frustrante? O Duque responde rapidamente, como se tivesse sido perguntado muitas vezes: «Não é, eu acho que existem muitos portugueses que querem um rei. E muitos dizem que é bom que a Casa Real Portuguesa exista, até mesmo na República, para poder ajudar sem outras obrigações». Duarte Pio disse que os portugueses, de acordo com vários inquéritos, são a favor da Monarquia em aproximadamente 30%, e que o CDS, um dos partidos que formam a coligação conservadora do actual governo, conta nas suas fileiras com muitos dirigentes monárquicos.”

Quanto à frustração ficam as dúvidas:
1: Não é frustrante ser um pretendente perpétuo porque se crê que existem muitos portugueses que querem um rei? Dom Duarte fica confortado, acomodado e satisfeito só pela ideia de que existem portugueses que querem um rei, mesmo que sejam uma minoria?

2: Será que a simples representação de uma Casa Real Portuguesa, onde é possível ajudar e ser ajudado “sem outras obrigações”, é suficiente para um pretendente ao trono? Será que Dom Duarte está a delegar as responsabilidades monárquicas para os dirigentes que militam no CDS? Será por isso que o PPM é “esquecido”?

Quanto à "espera eterna”, parece-me que é mais cómodo, simpático e menos comprometedor ficarmos nos suspiros do que alterar o rumo das coisas: ser “uma oportunidade que nunca chega, num país com um presidente muito visível e que assume as funções que seriam usadas por um hipotético rei”, em vez de assumir as funções de um hipotético rei, como presidente.

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