Kosta de Alhabaite

Nortenho, do Condado Portucalense

Se em 1628 os Portuenses foram os primeiros a revoltar-se contra o domínio dos Filipes, está na hora de nos levantarmos de novo, agora contra a corrupçao, o centralismo e colonialismo lisboeta!

Aguarelas, gravuras e esculturas de Günter Grass encontram-se com o Porto

A Casa-Museu Guerra Junqueiro inaugura hoje, dia 2, a exposição "Encontros" com obras plásticas do polémico Prémio Nobel da Literatura alemão Günter Grass (1927-2015). 

A sessão de abertura ao público realiza-se pelas 18 horas e nela participam Tilman Spengler e Katja Lange-Müller, ambos pertencentes ao círculo de escritores impulsionado por Günter Grass que se reúne desde há 13 anos nos "Encontros Literários de Lübeck" (Lübecker Literaturtreffen), durante um fim-de-semana no inverno. Os dois escritores farão uma apresentação da mostra, seguindo-se declamação de alguns poemas do autor de "O Tambor" (tocado no cinema pelo pequeno "Oskar").

A exposição "Encontros" - a que os chefes de Estado português e alemão, Marcelo Rebelo de Sousa e Frank-Walter Steinmeier, fazem uma visita privada durante esta manhã - tem curadoria de Hilke Ohsoling (da Fundação Günter e Ute Grass) e foi criada em 2017 no âmbito da celebração dos 90 anos de nascimento de Günter Grass, que passou diversas vezes por Portugal.

Aliás, a relação do escritor, intelectual e artista plástico com o nosso país é diversificada. No isolamento do solo lusitano, Grass encontrou desde meados da década de 1980 a paz muitas vezes perdida na Alemanha. Aqui, conseguiu trabalhar intensamente em novos textos, imagens ou esculturas ou, simplesmente, "não fazer nada" e desfrutar do sol, do campo e das especialidades culinárias portuguesas. Achados, como conchas, molas ou pedras das praias do Algarve, foram incluídos no trabalho que esta exposição mostra de forma impressionante.

Günter Grass, falecido com 87 anos em 2015, também enriqueceu activamente a vida cultural portuguesa, ora com exposições ora com leituras, e manteve amizade com o Nobel português da Literatura, José Saramago. No final da sua vida, lamentava não poder viajar para Portugal por motivos de saúde, tendo escrito no seu último livro, "Vonne Endlichkait" ("Sobre a finitude"): "Ah, meu Portugal perdido, como sinto falta da tua costa sudoeste".

Depois de ter passado por Portimão, cidade a que o autor se ligou particularmente, "Encontros" - que tem imagem da autoria do designer gráfico Arne Kaiser - ficará no Porto até 23 de Setembro, numa iniciativa do Goethe-Institut Portugal em colaboração com a Fundação Günter e Ute Grass, a Günter Grass-Haus, a Casa-Museu Guerra Junqueiro e a Câmara do Porto, com o apoio da Embaixada da Alemanha, da Associação São Bartolomeu dos Alemães e da Niepoort.  [daqui]
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"Encontros"
A partir de 2 de março
3.ª feira a domingo 10h/17h30
Encerrada à 2.ª feira e feriados
Entrada livre

Casa-Museu Guerra Junqueiro
Rua de Dom Hugo, 32 (à Sé)
Tel. 222 003 689
museuguerrajunqueiro@cm-porto.pt

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